terça-feira, 30 de novembro de 2010

Turismo na própria cidade: Fortaleza

Esses dias fiquei pensando como o turismo local não é algo muito valorizado. Moro em Fortaleza há mais de 30 anos, mas não posso dizer que efetivamente conheço minha cidade. Lembro que quando tinha uns 14 anos, nosso professor de História do Ceará, Alexandre, nos levou para conhecer pontos turísticos da cidade de Fortaleza. Fiquei encantada com tudo, com todas as informações. Quero agora repetir o roteiro, desta vez fotografando, registrando, memorizando.

Uma dica é sempre consultar a programação da cidade no site da Prefeitura de Fortaleza. Vou tentar reproduzir algumas informações interessantes nesse post. Muitas das fotos inseridas nessa postagem foram retiradas do site Panoramio.

Fortaleza, conhecida como a cidade do sol, tem atrações para todos os gostos. O centro de Fortaleza é um espaço rico culturalmente e cheio de história. Vou tentar repetir o roteiro que fiz há mais de 15 anos atrás, começando pelo imponente Theatro José de Alencar. Localizado no coração do centro da capital, possui uma fachada art nouveau que combina vitrais coloridos e estrutura metálica importada da Escócia. Ofecere tour monitorado onde o visitantye pode vislumbrar características da belle époque nos desenhos que enfeitam as frisas, os camarotes e as escadarias - além do jardim projetado por Burle Marx.





Ainda no centro de Fortaleza as Praças da cidade trazem muita história. Pode-se começar pela Praça do Ferreira, situada entre as ruas Floriano Peixoto e Major Facundo e as travessas Pará e Pedro Borges. A Praça do Ferreira tem esse nome em homenagem ao Boticário Ferreira. Ela já foi chamada Praça das Trincheiras e em 1839 era apenas um campo de areia com um grande poço no centro, que funcionou até 1920, quando o então prefeito Godofredo Maciel fez a reforma.

Em 1933, foi erguida a Coluna da Hora, derrubada em 1967. Depois de várias reformas, a cacimba acabou soterrada e só foi descoberta em 1991, quando da última reforma pela qual a Praça passou. Descoberto o poço, ele foi mantido e novamente erguida a Coluna da Hora. Bastante diferente da primeira – que possuía estilo “Art Dèco” de cimento e pó de pedra” – mas também significativa.





Boticário Ferreira realizou a urbanização da praça


Outro ponto importante a se conhecer é o Mercado dos Pinhões. Um dos prédios com tombamento federal, tendo sido o primeiro mercado público de Fortaleza. Com sua estrutura metálica fabricada na França, abrigava o mercado de carnes, que foi desmontado em 1938. Aprensenta hoje uma beleza singular e atualmente é espaço para eventos culturais da cidade. Fica entre as ruas Nogueira Acioly e Pereira Filgueiras.





Igreja Nossa Senhora dos Navegantes


A construção da Catedral Metropolitana de Fortaleza (também conhecida como Igreja da Sé) iniciou-se em 1939 e levou quase 40 anos para ser concluída (a inauguração oficial foi em 22 de Dezembro de 1978). O autor do projeto foi o arquiteto francês George Mounier. A igreja, construída em estilo gótico-romano, abriga 5.000 pessoas, e é a terceira maior no Brasil.





Imperdível é o passeio pelo Forte de Nossa Senhora de Assunção, que é onde a história de Fortaleza começou, construído pelo capitão holandês Matias Beck em 1649. O Forte foi reconstruído diversas vezes desde então, mas a localização original foi mantida. Desde 1942, o local é sede do Quartel-General da 10a. Região Militar do Exército Brasileiro. Embora seja uma atração pouca divulgada pelos agentes turísticos, as visitas às áreas externas e a um pequeno museu militar nas dependências do forte, são permitidas. Deve-se conversar com o soldado de plantão na entrada do quartel, que encaminhará os visitantes a um oficial; o oficial explicará brevemente os locais que podem ser vistos, bem como a respectiva história, e autorizará a visita. O espaço aberto à visitação é limitado, pois a maior parte da Fortaleza é hoje ocupada por instalações do Exército. Há um pequeno museu dentro da Fortaleza, dedicado ao General Antônio de Sampaio, um cearense que morreu heroicamente na Guerra do Paraguai. Na área externa, a partir da murada, pode-se ver parte do mar, da mesma forma que no século 17; as fortalezas eram construídas em áreas que permitiam maior visibilidade, para se avistar o inimigo com facilidade; alguns canhões antigos estão expostos. A estátua que se vê no pátio é em homenagem a Martins Soares Moreno, outro dos heróis do Ceará.







Casa Barão de Camocim


A Biblioteca Pública Estadual Menezes Pimentel foi criada em 25 de março de 1867 como Biblioteca Provincial do Ceará e está hoje integrada arquitetonicamente ao Centro Cultural Dragão do Mar e possui um acervo de aproximadamente 115mil volumes.







Sede da Orquestra Filarmônica do Ceará


O Hospital de Caridade levou 10 anos para ser construído e só possuída o pavimento térreo. Foi reformado e (re)inaugurado em 1961 com o nome de Santa Casa de Misericórdia. Fica ao lado do Passeio Público.





Na rua Tabajara, a principal da Praia de Iracema, pode-se visitar o restaurante Estoril, que já foi palco de fatos marcantes da história cearense e hoje é um restaurante de pratos típicos.



Muitos fortalezenses acham que Fortaleza não tem patrimônio histórico. Ao contrário! Fortaleza é história pura, com riquezas concentradas principalmente no centro da cidade. São igrejas, prédios, museus, praças. A grande questão é que, dentro do cotidiano, a maioria da população "passa" por esses lugares e não (re)conhece esses espaços como turísticos ou culturais. Eu mesma ao iniciar este roteiro não valorizava tantos espaços que cotidianamente circulo como locais com alguma historicidade. Entre o que se conhecer sugere-se a visita a Praça General Tibúrcio, ou simplesmente como é conhecida, Praça dos Leões, que possui estátuas de leões em bronze trazidas da França no início do século. Recentemente recebeu uma estátua de bronze de Rachel de Queiróz.







Ainda na Praça do Ferreira vale um registro da Farmácia Osvaldo Cruz. Construída em 1934, foi a primeira farmática de manipulação de Fortaleza, mantendo até hoje sua arquitetura e móveis originais. Na foto, a farmácia é o prédio amarelo.









No início do século XIX, o Passeio Público chamava-se Campo da Pólvora. A partir de 1825, devido ao fuzilamenti de participantes da Confederação do Equador, passou a ser conhecido como Praça dos Mártires. Construído no século XIX, em estilo neoclássico, foi importante ponto de lazer da sociedade fortalezense. A praça, bastante frequentada por membros da Padaria Espiritual, foi reformada aos moldes do Passeio Público do Rio de Janeiro. Possui várias estátuas de deuses, um antigo baobá e um coreto, onde durante muitos anos apresentou-se a Banda da Polícia.









Inaugurado em 1914, o antigo Palacete Ceará passou a ser ocupado, em 1946, pela Caixa Econômica Federal, que o comprou em 1955 e o utiliza até hoje.




O Obelisco da Praça Cristo Redentor é um monumento construído pelo Círculo de Operários, em 1922, em homagem ao centenário da Independência do Brasil. Situa-se na Praça Cristo Redentor, em frente ao Centro Cultural Dragão do Mar.



Imperdível é conhecer o Centro Cultural Dragão do Mar com atrações como o Memorial da Cultura Cearense, o Museu de Arte Contemporânea do Ceará, o Teatro Dragão do Mar, as salas de cinema do Cineclube e do Espaço Unibanco Dragão do Mar, o anfiteatro Sérgio Mota, um Auditório e o Planetário.





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