sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Planejamento e Roteiro: como fazer?

Post com texto extraído do site Mochileiros.com com excelentes dicas de como montar um roteiro. Não tinha como ficar fora do nosso Blog.

"Tenho visto aqui e em outros sites, muita gente totalmente perdida tentando preparar o 1º mochilão (e às vezes o 2º, 3º), com muitas dúvidas de como começar. Pensando nisso resolvi reunir várias dicas (algumas minhas e várias de muitos mochileiros), para facilitar a vida de quem gosta de mochilar com um mínimo de planejamento possível.
Vamos lá então:

1º passo:

Antes de mais nada é preciso saber para onde eu quero ir! Sim, existem pessoas que não vêem a hora das férias chegarem, mas não fazem a menor idéia do lugar para onde querem ir! Existem destinos nacionais que custam mais caro que algumas viagens internacionais, e alguns lugares que ficam muito próximos de nossa cidade, mas às vezes nunca prestamos atenção, portanto a melhor coisa é ler muito a respeito de destinos em diversos sites, revistas e jornais.
Depois de decidir o destino, agora posso dar o 2º passo.

2º Passo:

A escolha do destino não significa que já está tudo pronto para calcular os custos. A partir de agora é preciso traçar o roteiro da viagem. Mesmo que seja escolhida uma única cidade como destino um bom roteiro significa melhor gasto do dinheiro (não necessariamente mais economia, mas uma melhor relação custo-benefício). Aqui entram alguns fatores como: melhor data de saída, melhor caminho a percorrer, lugares interessantes para visitar, etc. Por exemplo: se for possível escolher a data para tirar as férias, é muito bom pesquisar uma emenda com algum feriado (já consegui transformar férias de 30 dias em 40!!).

Com um mapa em mãos (ou na tela do computador) tudo fica mais fácil, pois dá pra traçar uma linha com o roteiro a ser seguido e poder perceber se essa escolha é mais ou menos cansativa, se dá pra fazer tudo com calma e prazer (afinal, é pra aproveitar a viagem!). Lembrando sempre que: roteiros são uma direção, mas nunca uma obrigação! Eles ajudam, mas podem ser modificados antes e durante as viagens, conforme as vontades e necessidades de cada um!!

3º Passo:

Em complementação ao roteiro estão as atividades que se pode fazer em cada lugar. Algumas pessoas confundem essas atividades com o roteiro em si, mas é interessante ter o roteiro de lugares e o planejamento das atividades paralelamente, sendo unidos depois. Tenha em mente o que vc quer fazer em cada lugar que vai passar (visitar museus, ir a baladas, esquiar, fazer trilha, etc...). Exemplo: vc vai para La Paz na Bolívia (cidade incluída em seu roteiro) e lá pretende fazer o passeio ao Chacaltaya e ao Vale de La Luna, o DownHill de Bike, visita a Tiahuanaco e umas visitas a museus. Para realizar tudo isso são necessários alguns dias (4 a 5) e, portanto, esse tempo tem que ser colocado no roteiro. Portanto, o roteiro final leva em conta os lugares e o tempo. É muito importante incluir o tempo de deslocamento entre as cidades a serem visitadas, o que vai interferir diretamente em dois fatores: tempo total de viagem e valor gasto com os meios de transporte (conforme vamos ver adiante).

4º Passo:

Roteiro pronto! Atividades escolhidas! Agora é hora de pesquisar as opções de hospedagem, alimentação (além é claro de baladas, compras, etc.). Nesse momento conta muito o seu padrão de exigência, que difere do padrão de outras pessoas e pode tornar sua viagem mais cara ou mais econômica. A maioria dos mochileiros costuma se hospedar em hostels econômicos, mas mesmo entre eles existe diferenças cruciais, como o agito, a limpeza e também o preço. Quanto à alimentação, algumas pessoas preferem comer lanche ou cozinhar suas refeições para baratear os custos, enquanto outras procuram comer em lugares melhores para evitar problemas com contaminação de alimentos. Tudo isso é também muito pessoal e, pesquisando, é possivel conseguir ótimas dicas para qualquer que seja a sua preferência! Uma coisa interessante em relação às dicas de compras: algumas pessoas colocam endereços de lugares para compras, indicando como sendo uma verdadeira pechincha, mas é importante ter cuidado, pois muitas vezes a pechincha é em relação ao padrão daquela determinada pessoa (particularmente eu quase sempre acho uma grande facada em muitos dessas dicas! hehehe).

5º Passo:

Com o roteiro, as atividades e o tempo necessário para a viagem previamente anotados, é possível definir quais os meios de transporte ideais.
Aqui tudo começa a se afunilar, pois definir os meios de transporte tem que levar em conta vários fatores, como por exemplo:
- tempo total das férias;
- recursos financeiros disponíveis;
- necessidade, ou não, de agilidade entre destinos;
- nível de exigência do viajante;
- dificuldades ou barreiras naturais do trajeto;
- opções de transporte disponíveis.
- horários ideais;

Dependendo do(s) destino(s) é possível montar um mix com vários tipos de transporte, para otimizar o tempo e diminuir o cansaço.

6º Passo:

É hora de fazer as contas!
Com o máximo de informações, dá pra fazer uma boa estimativa de custos. Nesse momento é necessária muita paciência para contabilizar valores de passagens (ou combustível), nº de diárias, valores aproximados das refeições, ingressos, passeios, etc.
Alguns mochileiros (como eu... hehehe) costumam colocar esses cálculos em uma planilha, que pode ser bem simples, e possível de ser modificada a qualquer tempo.
Esse orçamento ajuda muito, principalmente na hora de decidir por um passeio que estava fora do previsto ou então fazer aquelas compras irresistíveis!

7º Passo:

Todo o planejamento pode ir por água a baixo se não forem levados em consideração algumas coisas importantes:
- O local de destino exige passaporte, ou algum seguro em especial?
- É preciso tomar algum tipo de vacina?
- Qual o tipo de roupa ideal para o lugar/época onde vou?
- É necessário levar algum tipo de equipamento (barraca, saco de dormir, fogareiro...)?
- A cultura do lugar é muito diferente da minha?
- Não pense que planejamento engessa sua viagem, que não dá liberdade. Pelo contrário, ele te dá mais elementos pra improvisar no meio. Mais fácil de saber o que pode ser cortado ou o que vale mesmo a pena ser incluído no meio do caminho.
- Normalmente um bom planejamento te permite fazer mais com menos. Encontrar as boas dicas de onde e como economizar e esticar o dinheiro: que dia tal atração é gratuita, como conseguir um desconto especial, comprar passes, reservar antes ou ver na hora, enfim. Chegar no lugar com a cara e a coragem é uma boa chance pra cair em roubadas.
- Ter antecedência também ajuda a economizar, especialmente em passagens.
- Uma dica que sempre dou: não economize em passeios. Chegar no lugar e deixar de ter uma experiência única é perder parte da viagem. Por exemplo: vai pra Nazca e não quer pagar US$ 40 no sobrevoo, então nem vá. Economize na hospedagem, no rango, no que der, mas regular no passeio é economia burra.
- Seja realista, seu dia tem apenas 24h, sendo que algumas delas você passará dormindo e outras em deslocamento. Não vá achando que dá pra fazer Paris em 2 dias se correr muito. No fim, não verá nada direito, não curtirá a viagem e voltará mais cansado do que foi.
- A internet é uma ferramenta fantástica, aproveite: foruns, sites, blogs, Google Earth, Youtube. É muito mais fácil de planejar uma viagem com sua cara do que fazer aquela do guia. Tem coisas que você curte, que podem não estar nas dicas "básicas" do seu destino. Também ajuda a escapar daquele tipo de atração que todo mundo vai, mas que não faz sua cabeça.
- Procure estudar um pouco sobre onde você vai. Aquela estátua, aquela rua ou aquela pedra podem parecer normais se você passa por ela simplesmente. Agora, se você souber a história por trás, certamente verá com outros olhos e curtirá mais seu destino.
- Enfim, uma frase que muito se fala por aqui: faça a sua viagem, não a viagem dos outros (do Guia, da revista, do seu amigo que já foi,...). Planejar ajuda muito.

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